Dieta para SIBO

o que comer e o que evitar

Dieta para SIBO: o que comer e o que evitar com segurança

Descubra quais alimentos ajudam e o que evitar na dieta para SIBO. Aprenda como controlar os sintomas com um plano alimentar baseado em ciência e com orientação profissional.

SIBO

Dalila Leite

6/5/20253 min read

Por que a dieta faz tanta diferença para quem tem SIBO?

No tratamento do SIBO, a alimentação tem papel central na redução dos sintomas e na recuperação funcional do intestino delgado. Isso acontece porque o supercrescimento bacteriano nessa região favorece a fermentação de certos carboidratos — especialmente os chamados FODMAPs — intensificando sintomas como distensão abdominal, gases, cólicas, alterações no trânsito intestinal e intolerâncias alimentares.

No entanto, nem toda restrição é benéfica. Muitas pessoas chegam ao consultório após meses evitando uma infinidade de alimentos, com medo de comer, e ainda assim convivendo com os mesmos desconfortos. A explicação para isso está no fato de que dietas restritivas só aliviam os sintomas temporariamente. Quando feitas por tempo prolongado, sem orientação, podem comprometer a diversidade da microbiota, causar deficiências nutricionais e perpetuar o ciclo de desequilíbrio digestivo.

📚 Staudacher et al. (2017), em uma revisão publicada na Nature Reviews Gastroenterology & Hepatology, demonstram que, embora a dieta pobre em FODMAPs seja eficaz na melhora dos sintomas, ela também pode reduzir significativamente a população de bactérias benéficas, como as Bifidobacterium spp., se não houver um plano de reintrodução bem conduzido.

O que são FODMAPs e por que eles causam tanto desconforto?

FODMAPs são carboidratos de cadeia curta que fermentam facilmente no intestino. Em indivíduos com SIBO, esse processo ocorre no local errado: no intestino delgado, onde não deveria haver esse tipo de fermentação. O resultado é a formação excessiva de gases, distensão e dor.

Durante a fase ativa do SIBO, a redução desses compostos pode ser uma estratégia eficaz para alívio sintomático. Porém, como qualquer intervenção terapêutica, ela precisa ter começo, meio e fim.

📚 Essa lógica está bem consolidada na revisão de Marsh et al. (2016), que destaca a importância de ciclos nutricionais individualizados na abordagem de distúrbios gastrointestinais funcionais, como o SIBO e a síndrome do intestino irritável.

Alimentos que ajudam na fase de controle dos sintomas

Durante a fase de controle, o foco é reduzir a fermentação sem prejudicar o funcionamento intestinal. Para isso, damos preferência a alimentos de fácil digestão, baixo teor fermentativo e boa tolerabilidade clínica. Entre eles:

  • Vegetais leves, como abobrinha, cenoura, berinjela, pepino, espinafre, alface e pimentão;

  • Frutas com baixo FODMAP, como morango, melão e banana pouco madura (sempre em porções controladas);

  • Fontes proteicas magras e seguras, como frango, peixe e ovos;

  • Carboidratos de boa tolerância, como arroz branco, batata inglesa, polenta e quinoa;

  • Gorduras e temperos anti-inflamatórios, como azeite de oliva, cúrcuma, gengibre, salsinha e tomilho.

📚 Essas escolhas estão embasadas na base de dados da Monash University e também no estudo de Barrett & Gibson (2010), que validaram o impacto dos FODMAPs na sintomatologia intestinal.

Alimentos que geralmente devem ser evitados

Assim como alguns alimentos oferecem alívio, outros tendem a agravar os sintomas durante a fase ativa. Isso não significa que serão sempre proibidos, mas que devem ser retirados temporariamente até que o ambiente intestinal esteja mais equilibrado. Entre os mais comuns:

  • Vegetais ricos em FODMAPs, como cebola, alho, brócolis, couve-flor, repolho e aspargos;

  • Leguminosas, incluindo feijão, lentilha, ervilha e grão-de-bico;

  • Frutas com alto teor de frutose e polióis, como maçã, pera, manga, cereja, melancia e pêssego;

  • Laticínios com lactose, como leite de vaca, iogurte comum e queijos frescos;

  • Adoçantes fermentáveis, como xilitol, sorbitol, eritritol e manitol;

  • Alimentos ultraprocessados, especialmente aqueles com xaropes, adoçantes artificiais e ingredientes fermentáveis ocultos.

📚 Halmos et al. (2014) mostraram que dietas ricas nesses compostos promovem alterações negativas no ambiente colônico, com piora dos sintomas em pacientes sensíveis.

Atenção: restrição não é tratamento

A dieta para SIBO precisa ser pensada como uma etapa, e não como um destino. A restrição, quando bem orientada, alivia sintomas e reduz fermentação bacteriana. Mas, sozinha, não elimina a causa do supercrescimento.

📚 Segundo McIntosh et al. (2017), uma dieta low-FODMAP altera a produção de metabólitos intestinais e modifica o perfil microbiano, sendo fundamental que haja uma estratégia de reintrodução bem estruturada.

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A dieta para SIBO é muito mais do que uma lista de alimentos permitidos e proibidos. É uma ferramenta poderosa — mas que só funciona de verdade quando usada com propósito, evidência e estratégia.

Se você está cansada de viver em restrição sem resultados, saiba que existe um caminho mais leve e eficaz. Um plano que não parte do medo de comer, mas da construção de uma nova relação com seu corpo e sua saúde.

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